Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

segunda-feira, 30 de abril de 2012

As Diferentes Formas de Interpretação Sobre a Gênese do Capitalismo

Monografia a ser apresentada ao Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais como atividade integrante do Programa de Educação Tutorial (P.E.T.)
Samuel Alves Barbi Costa

Os Cercamentos e a Revolução Industrial:

Polanyi busca desenvolver em seu texto

a idéia de como teriam os cercamentos influído no perfil da habitação da Inglaterra do período da Revolução Industrial e, como esse novo perfil de distribuição de terras contribuiu para o progresso de tal revolução.A Revolução Industrial do século XVIII trouxe, juntamente com um progresso dos instrumentos de produção, uma extrema desarticulação das condições de vida vigentes. Acompanhada pela questão do pensamento liberal, que assumia as conseqüências sociais desse desenvolvimento dos meios produtivos como insignificantes, as moralidades passavam a ser esquecidas. Ou seja; “O liberalismo econômico interpretou mal a história da Revolução Industrial porque insistiu em julgar os acontecimentos sociais a partir de um ponto de vista econômico.” (Polanyi, 1980, p. 51).
Com a finalidade de exemplificar tal afirmação, Polanyi continua a desenvolver seu raciocínio através de uma análise dos chamados cercamentos (enclosures)
Realizados principalmente na Inglaterra no período Tudor. O grande ponto no qual o autor pretende tratar se achegando ao período dos

Enclosures é:
(...) demonstrar o paralelo existente entre as devastações causadas pelos cercamentos, finalmente benéficos, e as que resultaram na Revolução Industrial e,de outro lado – de uma forma mais ampla-, esclarecer as alternativas enfrentadas por uma comunidade no paroxismo de um progresso econômico não-regulado.(Polanyi, 1980, p.52).

Para Polanyi os cercamentos seriam um desenvolvimento lógico, desde que não ocorresse a transformação das terras cercadas em pastagens. As terras cercadas valeriam entre duas ou três vezes mais que as não cercadas, além do fato de que caso não acontecesse a conversão das terras em pastos, a produtividade dessa mesma terra tenderia a aumentar, mesmo sem a redução de sua empregabilidade. A conversão de terras aráveis em pastagens, ainda não era de todo negativa, já que a lã produzida gerava empregos a pequenos posseiros e agricultores sem terra, e os novos centros da indústria da lã garantiam renda a uma quantidade de artesãos. Na verdade, é nesse ponto que está o aspecto mais relevante, somente em uma economia de mercado é que seria possível tomar uma atitude no sentido de generalizar a criação de carneiros frente à supressão de terras aráveis, com a finalidade da venda de lã para obtenção de lucros. Essa ânsia voraz por lucro era capaz de gerar um comportamento perturbador da ordem social.
Os cercamentos foram chamados, de forma adequada, de revolução dos ricos contra os pobres. Os senhores e nobres estavam perturbando a ordem social, destruindo as leis e costumes tradicionais, às vezes pela violência, às vezes por pressão e intimidação. (Polanyi, 1980, p.52).
Derrubavam casas em terras comuns, que por muitas vezes pertenciam às famílias por diversas gerações, transformavam homens e mulheres decentes numa malta de mendigos e ladrões. O rei e seu conselho lutaram por mais de um século e meio contra esse problema,defendiam o bem-estar da sociedade e lutavam contra o despovoamento, entretanto, muitos historiadores classificavam essa política como demagógica e de nenhuma efetividade prática. A legislação anticercamento jamais conseguiu impedir o curso dos acontecimentos, e o pior, parece nem ao menos tê-los restringido.Os interesses privados prevaleciam sobre a justiça demonstrando completa ineficácia da legislação. O liberalismo, tomado sem restrições e aliado à crença no progresso espontâneo, pode nos cegar quanto ao papel do governo na vida econômica. Este papel é inferir ritmo à mudança, acelerando ou reduzindo sua velocidade conforme cada caso e aceitação social. Esse fato é plenamente desenhado com todos os traços nos cercamentos e na Revolução Industrial. Se pensarmos que os cercamentos das terras comuns não foram acompanhados por uma política de reorganização social daqueles agentes que perdiam seu modo de sobrevivência (ligado diretamente às terras), entretanto, por uma política demagógica de proteção aos inevitáveis Enclosures , veremos que aí se encontram os fundamentos para o caos social e a sobre-exploração gerada com a aglomeração desses agentes nas cidades.
Os ideais liberais cegaram os favoráveis aos cercamentos junto às questões sociais, fazendo-os pensar sob uma ótica individualista extremada e deixando os antigos camponeses jogados à escória da sociedade. As cidades, com a Revolução Industrial, passam a abrigar estes antigos camponeses em uma situação insalubre, recheada de miséria, fome e péssimas condições de vida. Não satisfeito com os ideais de progresso, o liberalismo permite que esta casta de desfavorecidos sejam lançados a uma rotina massante de trabalho e, sem nenhuma proteção da “mão desaparecida” do Estado. De forma unânime, escritores de todos partidos e opiniões referiam-se as condições sociais da Revolução Industrial como que os homens estivessem lançados em um abismo de degradação humana, como que refugos vomitados de “moinhos satânicos”.
A Revolução Industrial foi apenas o começo de uma revolução tão extrema e radical quanto as que sempre inflamavam as mentes dos sectários, porém o novo credo era totalmente materialista, e acreditava que todos os problemas humanos poderiam ser resolvidos com o dado de uma quantidade ilimitada de bens materiais. (Polanyi, 1980, p.57).
Polanyi cita diversas causas da Revolução Industrial na Inglaterra, tais como o clima úmido propício à indústria do algodão, a multidão aglomerada em favelas como mão-de-obra fácil e barata, a existência dos ideais liberais, a invenção de máquinas e aperfeiçoamento de equipamentos, todos cooperando positivamente para o advento da revolução. Porém, nenhum deles pode ser declarado como causa única e mister. Assim, o autor imagina que todos esses elementos foram incidentais frente a uma mudança extremamente relevante: o estabelecimento de uma economia de mercado e seus impactos sobre uma sociedade comercial. Tudo se entrelaça no momento em que os industriais passam a usar máquinas dispendiosas na produção. Por serem muito caras, essas máquinas tem de ser operadas continuamente, com a finalidade de serem amortizados seus valores. Entretanto, para que isso ocorra é necessária a abundância dos fatores mão-de-obra – recheado pela massa de favelizados – e matéria-prima, os quais tem que ser plenamente comercializáveis. Essas circunstâncias foram criadas de forma gradual, mas não deixaram e impactar, já que a motivação maior da sociedade deixa de ser a subsistência e passa para a obtenção de lucro. As transações se alteram de simples (sem intermediação) para monetárias, e o dinheiro assume o papel principal na economia. Nisso consiste o termo “sistema de mercado”, e a maior peculiaridade desse sistema é poder funcionar sem interferência externa, corroborando os pensamentos liberais. Os lucros deixavam de ser garantidos e o mercado se constituía como a mesa do jogo, na qual os preços seriam as cartas a serem distribuídas, podendo ter a liberdade de flutuação e de auto-regulagem frente a nova conjuntura imposta. Como nas palavras do autor:
“É justamente esse sistema auto-regulável de mercados o que queremos dizer com economia de mercado.” (Polanyi, 1980, p.58).

Fonte:
Polanyi. A Grande Transformação: As Origens de Nossa Época. Mais precisamente no Capítulo 3, chamado: Habitação versus Progresso.



segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Reforma Protestante - Parte 1 de 2


Trabalho 2º Bimestre
Comparar os dois trechos da série "heróis da fé" postado no blog, com o trecho do texto trabalhado em sala de aula.

A Reforma Protestante - Parte 2 de 2

sábado, 14 de abril de 2012

Será que existe alguma ligação?



A escola: onde falhou?

Certo dia me entristeci e me senti impotente perante as tais coisas da vida quando vi duas ex -alunas minhas nas ruas em pleno sol quente do dia entregando panfleto nas ruas e o mais triste é que eram jovens entre 20 e 18 anos onde uma delas já tinha terminado ensino médio e a outra iria terminar esse ano. Que escolas estão dando para as classes trabalhadoras? Escola para os jovens terminarem nas ruas distribuindo panfletos? Nada contra, mas nas minhas aulas sempre falei de sonhos, de desejo de crescimento, da alegria, de valores, de dignidade e de muitas outras coisas que a vida injusta e o sistema apaga. Temos que entender urgentemente qual seria o papel da escola que não é formar trabalhadores para ocuparem o tal exército de reserva tão apregoado por Marx em seus escritos. A verdade é que nossas escolas falham e o depoimento das jovens me impressionou pelo fato de que a má preparação, a falta de um currículo convincente empurram estes jovens para caminhos que não é o que uma sociedade justa conduz.
As jovens me relatavam que têm vontade, sim, de um bom emprego que possa garantir uma vida digna , mas entregam currículos e não obtêm nenhuma resposta, pois muitas vezes há discursos como falta de experiência ou sequer estes currículos são lidos ou realmente analisados. Soube que um educador de renome da cidade que mantém uma Faculdade bastante frequentada recebe currículos e os coloca na cesta do lixo e olha que é com professores realmente mestres e/ou doutores. Imaginem só o que fazem com filhos de pobres como muitos de nós que não temos prestígios. Claro que aos filhos dos ricos nunca é exigida a tal experiência , pois o que vale em nossa sociedade é o critério da aproximação dos poderosos com poderosos e os pobres, geralmente para ter um emprego, têm de se submeter ao jogo de toma lá dá cá dos grandes políticos da atualidade.
Vendo a cena me coloquei no papel das jovens e fiquei imaginando o que elas pensam da escola que tiveram, onde frequentaram durante toda uma vida para entregar panfletos e ainda bem que estas, pelo menos não perderam sua dignidade nas drogas e na prostituição em função de escolas públicas sem qualidade, sem respeito e nem formação que conduza a uma vida melhor. As políticas para a escola pública estão, sim, errôneas e poucos se mobilizam para a mudança, pois parece que a mudança faz mal e nossa sociedade tem que continuar do jeito que é. Os políticos deveriam se envergonhar e conhecer estas jovens para saber o que elas realmente dirão da escola, pois pobres são como podres e a escola só existe para manter o status quo de uma sociedade carcomida pelo egoísmo e pelo individualismo.

Fonte:http://www.oestadoce.com.br/?acao=noticias&subacao=ler_noticia&cadernoID=13¬iciaID=66318 In:http://caosnaeducacao.blogspot.com.br/

Análise - Planeta dos macacos - revista de História da Biblioteca Nacional









Lutando entre iguais
Novo 'Planeta dos Macacos' discute a violência na contemporaneidade. Em cena, a luta das minorias se estabelece dentro de uma batalha pela aceitação social e respeito mútuo entre as diferentes identidades
Nashla Dahas


Objetos de estudo e curiosidade podem ser repetidos, mas o olhar sobre eles definitivamente não. A afirmação é válida para a História, enquanto disciplina cotidianamente reconstruída à luz dos problemas que se apresentam aos homens com o passar dos tempos. Mas é legítima também para as artes, em especial para o cinema, modalidade invariavelmente completa: imagens, discursos e textos, músicas inesquecíveis e atuações assustadoramente semelhantes ao real. Não seria difícil escolher em qual destes aspectos Planeta dos macacos: a origem foi mais bem sucedido.
Em 1968, a versão de Franklin J. Schaffner levou às telonas a aterrissagem de um grupo de astronautas em planeta desconhecido e habitado por macacos inteligentes que tornaram os homens escravos e cobaias de experimentos, tal como ratos. Eram tempos de guerra fria e de revolução cultural. À violência das guerras e ditaduras espalhadas pelo mundo em nome do progresso e do desenvolvimento, o filme respondeu com o sutil escárnio do entretenimento. A vitória não era do herói capitalista e democrático, ou do revolucionário socialismo libertador, triunfavam os macacos, considerados por um e outro lado do globo como raça inferior. A subversão estava também no cinema, e assustava tanto quanto na vida real.
No Brasil, em momento de recrudescimento da ditadura militar, o “gorila” tornava-se uma das principais armas discursivas recorrentemente usadas pelas esquerdas para atacar os seus adversários. Na tradução da metáfora de aceitação popular da época, as direitas no poder possuíam grande semelhança com o símio: brutalidade, estupidez, atraso e mesmo burrice, mas venciam pela força, pela repressão, pela censura. Anos antes, na década de 1950, o gorila já havia sido usado pelas esquerdas peronistas para atacar seus inimigos fardados. Tratava-se de um rebaixamento grotesco, de um deboche humilhante representar o outro, nestes casos considerados opressores, como um animal, uma verdadeira besta.


Humildade que choca
Ao assistir o novo Planeta, em 2012, é curioso pensar como o gorila, ainda visto entre os seus e entre os humanos, como símbolo maior de força e brutalidade, é o principal aliado de César, o chimpanzé inteligente, em sua revolução. Pelo novo amigo, que o libertou do aprisionamento, o gorila oferece sua vida em sacrifício e compõe cena que provoca mais compaixão, ternura e desesperadora identificação, do que medo. A discussão da violência não tem o mesmo apelo dos anos de 1960, e em parte banalizada, perdeu o posto de questão central. O apelo está na humildade, do latim, húmus, terra, referência ao que se situa abaixo, característica de quem, ao menos diante da projeção na telona, não se sentirá raça superior. A humildade sim, choca.
Na nova versão, escrita por Rick Jaffa e Amanda Silver, James Franco, jovem galã de talento reconhecido em Hollywood, vive um cientista à procura de uma cura para o mal de Alzheimer do pai. A descoberta de um tipo de vacina de inteligência que ajuda na recuperação da doença é testada no protagonista símio, César, em homenagem a Júlio César, o Imperador romano. Certamente, a honraria é retribuída ao longo da saga dos macacos em busca de liberdade. O recrutamento e a organização do exército e das estratégias de luta há de lembrar o mais conhecido dos chefes militares da Roma Antiga, vencedor nos campos de batalha e na memória política, dilacerado por razões e conspirações pessoais emblematicamente representadas pela frase “Até tu, Brutus?”.
Como num sopro gigante, daqueles cujas forças vem da ponta dos pés e do fundo da alma, César, o macaco, pronuncia sua primeira palavra: Não! Não à civilização? À dominação? O conflito do símio contemporâneo parece ir além da lealdade marcada pelo gesto de estender a palma da mão, levemente acariciada quando a resposta é uma permissão. A discussão desloca-se para um aspecto mais identitário, de inclusão ou exclusão, de um pertencimento que não se liga exclusivamente a raça, cor, aparência física, ou grau de inteligência, mas associa-se, sobretudo, ao olhar acolhedor, ao se sentir em casa independente do lugar de origem ou da família de sangue.


A guerra muda de foco
O raciocínio humano adquirido pelo animal não o faz autoritário, arrogante, ou o afasta dos espécimes “burros”. Não é este o critério decisivo para a escolha que pauta o destino do personagem. O caminho da selva é a opção do reconhecimento como igual, que proporciona liberdade e estima longe dos olhares constrangedores e constrangidos. Diferente dos anos de 1960, quando ainda havia alternativas ao modo de viver democrático, ocidental, liberal, e por que não, judaico-cristão, talvez a necessidade de criar e redefinir identidade e ideologia individuais nos dias de hoje seja a questão em causa. Não sem suas razões, guerras étnicas e religiosas insistem em perturbar a humanidade do mundo global.
Por fim, é preciso mencionar as atuações impecáveis do elenco humano do filme. James Franco, Freida Pinto e John Lithgow compreendem a função e o sentido de seus papeis. Gentilmente, suas interpretações cedem espaço aos macacos e posicionam-se no limite entre a perfeita naturalidade e a displicência. Destaque para John Lithgow, o pai doente do cientista, que carrega o peso de demonstrar toda a vulnerabilidade do homem, prestes a perder exatamente aquilo que lhe distingue dos animais. Coerente, não?

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/cine-historia/lutando-entre-iguais

terça-feira, 10 de abril de 2012

Os Romanov









Os dois últimos corpos. Mas o enigma continua.
Descoberta dos ossos de filhos do último czar russo reforça nostalgia do passado imperial
Duda Teixeira

Noventa anos após a tomada de poder pelos bolcheviques, a Rússia parece, enfim, ter se reconciliado com o seu passado imperial. No mês passado, um grupo de arqueólogos anunciou a descoberta dos restos mortais de Alexei e de Maria Romanov, dois dos cinco filhos do último czar russo, Nicolau II. Quarenta e quatro fragmentos de ossos, sete dentes, três balas e um pedaço de roupa foram encontrados em escavações em Ekaterinburgo, na Sibéria, onde a família, um médico e três criados permaneceram em cativeiro até ser assassinados a tiros e a golpes de baioneta pelos comunistas, em 17 de julho de 1918. Os ossos passarão por testes de DNA e, se comprovada a sua autenticidade, serão sepultados na Catedral de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo, onde estão os restos do czar e dos demais membros da família. Os achados remetem ao banho de sangue que ocorreu em 1917, durante a Revolução Russa, e nos anos seguintes, quando os bolcheviques exterminaram tudo e todos que simbolizassem o antigo regime, incluindo donos de terras, nobres e membros do clero. A retórica dos comunistas era a de que eles estavam do lado do bem, e a nobreza representava o mal a ser extirpado. "Sete décadas de regime soviético, que incluíram períodos de grande atrocidade sob Lenin e Josef Stalin, fizeram com que os russos invertessem a balança entre bem e mal em sua história", disse a VEJA o historiador americano Mark Steinberg, autor do livro A Queda dos Romanov. O sofrimento da realeza russa em seus derradeiros dias é interpretado por muitos russos, hoje, como um sinal de virtude. De certa forma, a descoberta dos restos de Alexei e de Maria, os últimos que faltavam, fecha um ciclo na saga da família de mártires. Não resolve, contudo, o enigma histórico representado pelo governo do último czar e sua responsabilidade na criação do caos político e social que culminou com a ditadura comunista.
A vala com os ossos dos outros cinco membros da família do czar foi descoberta em 1976, ainda durante a era soviética, e permaneceu em segredo. O mistério sobre o destino dos corpos levou oportunistas a se proclamarem membros da família real que escaparam do massacre. O objetivo era pôr a mão na fortuna dos Romanov guardada em bancos suíços ou, simplesmente, ganhar notoriedade. Em 1991, ano em que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas se desintegrou, os corpos foram finalmente exumados. Com a Rússia livre do ateísmo compulsório, a Igreja Ortodoxa prontamente reabilitou os Romanov, que foram canonizados em 2000 com o aval do presidente Vladimir Putin. Para os ortodoxos, a família merece o título pela piedade e religiosidade demonstradas nos últimos dias de cativeiro. O culto da memória do czar e sua família, hoje, também pode ser entendido no contexto do cunho nacionalista do governo Putin, que acaba por estimular a nostalgia por momentos gloriosos do passado. De Ivan, o Terrível, aos Romanov, a moda na Rússia é ressaltar os aspectos positivos de figuras históricas. Nicolau II, o czar anti-semita e autoritário que se considerava um representante de Deus na terra, agora é visto como um exemplo das virtudes de um poder forte e centralizador – o que vem bem a calhar para o autoritário Putin.
São fortes os indícios de que os ossos encontrados no mês passado pertencem aos filhos de Nicolau II. Os estudos feitos até agora confirmam que são de um rapaz de 10 a 13 anos e de uma mulher de 18 a 23 anos. Alexei, o príncipe herdeiro, tinha 13 anos na época, e sua irmã Maria, 19. Junto dos fragmentos também foram encontradas peças de cerâmica japonesas, usadas para carregar ácido sulfúrico. Segundo um antigo relato do bolchevique que enterrou os corpos, a substância foi utilizada para desfigurar os corpos e, assim, dificultar o reconhecimento pelo Exército Branco. Isso porque, nos cinco anos que se seguiram à revolução, tropas apoiadas pela França, pela Inglaterra e pelos Estados Unidos lutaram contra os comunistas. Em meio aos combates, Lenin deixou claro que os Romanov não poderiam permanecer como símbolos vivos do antigo regime. Em 1918, quando os brancos estavam a apenas 40 quilômetros do local de prisão da família real, Moscou deu ordem para executar a todos. Na madrugada do dia 17 de julho, os Romanov foram acordados e desceram para uma sala no porão. Nicolau levava o filho Alexei, hemofílico, nos braços. Doze homens armados entraram na sala e, durante quase três minutos, atiraram nos cativos. Algumas balas ricochetearam, porque as duquesas carregavam 8 quilos de diamantes e jóias preciosas nos espartilhos. Os guardas, então, recorreram às baionetas para acabar com os sobreviventes. Após enterrarem Alexei e Maria, os bolcheviques foram obrigados a escolher novo local para sepultar os outros corpos, pois tinham sido vistos por alguns camponeses. A descoberta das peças que faltavam na tragédia dos Romanov deve dar ainda mais força à mitificação de sua história.
Fonte: http://veja.abril.com.br/050907/p_112.shtml
Atividades
1) Como o texto retrata a personalidade do czar Nicolau II?
2) Durante os anos de Revolução Russa, qual foi a forma que os bolcheviques retrataram os Romanov e por que os mataram?
3) Por que a família real foi canonizada em 2000? O que isso significa em termos políticos?


Atividade extraída do Livro: Nova História Integrada. 3ª Série. Volume 3. Módulo editora, pp. 186 e 187.



Tempo das cavernas

"Uhug - Na Serra da Capivara"



Uma dica do Blog História Pensante do professor Pedro Paulo.

http://www.bravostudio.com.br A venturosa história de um "cabra das cavernas" lutando e rebolando pela sobrevivência na pré-história brasileira. Há, de fato, na Serra da Capivara, interior do Piauí - Estado mais pobre da União - vestígios de uma civilização pré-histórica culturalmente rica. Nossos sítios são numerosos e nossas pinturas rupéstres superam em muito as descobertas na Europa, tanto em quantidade, quanto em temática. Divirta-se com essa animação e procure saber mais sobre Os sítios em São Raimundo Nonato, Museu do homem americano, Pedra Furada e Serra da Capivara.

Controvérsias

Daqui a pouco vão "pedir" de volta o estudo da Histoire Événementielle

1) Quem descobriu o Brasil?

2) Em que ano ocorreu o descobrimento do Brasil pelos Portugueses?

E assim vai...


Estudo reascende polêmica sobre o uso da “decoreba” no aprendizado
Comunicação Portal Social
A chamada decoreba, forma de aprendizado que privilegia a memória, nas últimas décadas foi relegada à condição de método ultrapassado e ineficaz em muitas escolas brasileiras.
Um estudo publicado semana passada na renomada revista Science, porém, sugere que exercícios de memorização são capazes de melhorar de maneira significativa o desempenho de estudantes. As conclusões geram controvérsia entre educadores.
Professor de Psicologia da universidade americana de Purdue, Jeffrey Karpicke selecionou 200 jovens universitários que estudaram textos científicos de duas formas diferentes. Em uma delas, procurou simular a forma mais comum de ensino, inclusive no Brasil, em que os alunos leem algo e são estimulados a fazer elaborações sobre o conteúdo que acabaram de aprender. Por exemplo: consultando os livros, escrevem em uma folha quais consideram ser os tópicos mais importantes e como eles se relacionam.
A outra estratégia foi simplesmente ler os textos, então se afastar dos livros e tentar recuperar o máximo possível de informação apenas por meio da memória. Essa atividade, que hoje é mais comum em avaliações a fim de medir o quanto o aluno já aprendeu, revelou-se um poderoso estímulo ao desempenho. Aqueles que exercitaram a memória em vez de estudar com o texto à sua frente tiveram resultado 50% superior.
Outra surpresa é que a prática de memorização não só ajudou a fixar as informações objetivas dos textos, mas a responder questões que exigiam deduções mais complexas e cruzamento de informações. O estudo oferece uma hipótese para o fenômeno: relembrar não seria apenas resgatar informações previamente arquivadas no cérebro, mas reconstruir o que foi armazenado, reorganizando o assunto e priorizando determinados tópicos. Esse trabalho mental aumentaria o nível de compreensão sobre o tema.
Do ponto de vista pedagógico, o estudo valoriza uma ferramenta que nas últimas décadas foi condenada por muitos educadores como simples “decoreba” ou “conteudismo”. Dentro dessa tendência, mesmo avaliações oficiais como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) procuram exigir dos candidatos mais a capacidade de relacionar informações do que resgatar conhecimento por meio da memória.
Para o especialista em educação João Batista Oliveira, a pesquisa é um primeiro indício e deve ser referendada por outros experimentos semelhantes. Porém, acredita que a pedagogia atual, pouco afeita aos exercícios de memorização, carece ainda mais de sustentação científica.
“Estamos repetindo as mesmas fórmulas, sem pesquisa alguma. Não vejo contradição entre memorizar e relacionar conteúdos”, avalia.
Para a educadora Esther Grossi, porém, exercícios de memória têm limites no processo educativo.
“Ninguém pode aprender a ler e a escrever por memorização, por exemplo. É preciso construir o que chamamos de um esquema de pensamento”, contrapõe.
O próprio autor do trabalho, porém, considera que não há uma contradição obrigatória entre suas descobertas e os pilares teóricos de filosofias educacionais como o construtivismo – embora admita que a prática de memorização seja pouco utilizada como recurso pedagógico.
“É mais uma ferramenta”, afirma Karpicke.

Saiba mais

Confira algumas das consequências práticas sugeridas pelo estudo americano:
Como é hoje.

A maior parte dos professores passa o conteúdo aos alunos e se preocupa com que eles reflitam sobre o tema recém-visto, estabeleçam relações com outras áreas, podendo fazer consultas a livros, internet ou outros recursos para aumentar a compreensão sobre o tema-
O que o estudo sugere.

Depois de transmitir o conteúdo, seria mais producente estimular os alunos a fazer “testes” não destinados a medir o conhecimento já acumulado, mas com o objetivo de exercitar a memória.




Comentário da página:

Trabalho com educação e fico muito triste com ox rumos dado a ela no nosso Brasil. Pesquisas dessa natureza têm de ser divulgadas para contribuir na formação de uma base mais sólida para o nosso sistema educacional. A capacidade do cérebro é descomunal e o que se tem feito é uma subutilização de tal capacidade deformando, assim, toda uma geração.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Etapas do Capitalismo




Globalização

Made in...
O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France ) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic ), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China ).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapore) e um relógio de bolso (Made in Switzerland).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA ) na sua torradeira (Made in Germany ) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain ), pegou na máquina de calcular (Made in Korea ) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand ) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India ), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel ), entrou no carro Saab (Made in Sweden ) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland ) e, após comer uma pizza (Made in Italy ), o Zé decidiu relaxar por uns instantes.Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em BRASIL...




Pbs. Na postagem original consta no final a palavra Portugal.

A crise do Capitalismo (1929)








Material retirado do livro: Capitalismo para principiantes: a história dos privilégios econômicos. Carlos Eduardo Novais. Ilustrações: Vilmar Rodrigues - 1º ed - São Paulo: Ática, 2008.


Após a leitura e a análise das imagens, responda o que se pede:




1) Explique a oração: "Precisamos dar um jeito nisso. Daqui a pouco estaremos produzindo tanto que iremos à falência."


Para auxiliar em sua resposta.










2) Como à escassez leva o aumento de preço?




3) Por que a URSS não foi afetada diretamente pela Crise de 1929?






Visions (Visões)


Aprendizes (nativos digitais) do século 21 utilizarão tecnologias interativas em ambientes de aprendizagem voltados para a investigação e o trabalho colaborativo, com professores capazes de usar a tecnologia para ajudá-los a transformar conhecimento e competências em produtos, soluções e novas informações.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Urgência na educação!

Publicado por Paulo Kautscher em 5 abril 2012 às 20:33 em EDUCAÇÃO

Não adianta o governo federal continuar esse antigo jogo de empurra com os demais entes da federação, a respeito de quem seria o responsável por pagar bons salários aos professores. A absoluta maioria dos mais de 5 mil municípios e dos estados não tem como pagar o salário que um novo modelo requer.
Paulo Kliass
O desenvolvimento da vida do ser humano em sociedade fez com que surgisse uma série de setores e atividades, cuja avaliação de critérios de eficiência não pode ser realizada com o instrumental tradicional de viés economicista, de abordagem obtusa e meramente quantitativa. Esse é o caso típico dos chamados “bens públicos”, como a saúde, a educação, a previdência social, o saneamento, a segurança pública e tantos outros.
Exatamente por sua natureza particular e seus efeitos específicos para o conjunto da sociedade, historicamente quase sempre coube ao Estado se responsabilizar por oferecer esse tipo de bens e serviços. As formas de institucionalização desses setores podiam variar segundo cada realidade concreta de país e de setor (administração direta centralizada ou descentralizada, empresas estatais, autarquias, etc), mas sua natureza pública era quase a regra geral.
Mercantilização dos serviços públicos
Durante as décadas de hegemonia do pensamento neoliberal, a sanha privatista passou a atuar também no interior de tais setores, sob o duplo argumento da falsa carência de recursos orçamentários e da suposta ineficiência do Estado em cumprir com suas missões na esfera do econômico.
Assim, o conjunto da sociedade sairia beneficiada com o processo radical de mercantilização da produção e da oferta desses bens. A panacéia adotada pelo mundo afora foi a privatização. Como o modelo de referência era a transformação de cada setor em um mercado idealizado, tudo deveria ser reduzido a termos como fatores de oferta, fatores de demanda e preços. Até os dias de hoje, estamos todos a sofrer os enormes prejuízos de tal opção.
No caso brasileiro, o sucateamento da capacidade financeira e administrativa do setor público ocorreu simultaneamente ao processo de transferência de ramos inteiros para que a oferta dos bens e serviços estatais passasse a ser realizada pelo setor privado. Esse processo provocou substancial perda de qualidade do serviço oferecido e uma restrição crescente de seu acesso pela maioria da população. Isso porque o que antes era considerado um direito universal associado à condição de cidadania, passa agora a ter como requisito de acesso o pagamento do serviço sob a forma monetária.
Não por acaso, os dados estatísticos da ONU e demais organizações multilaterais colocam o Brasil bem atrás de sua posição inicial, quando o critério utilizado deixa de ser apenas o tamanho PIB. Saímos de sexta posição para lá de octagésima quando são introduzidos variáveis como distribuição de renda, saúde e educação, por exemplo.

Sucateamento da educação pública

O processo ocorrido na área da educação em nosso País, ao longo das últimas quatro décadas, é bastante emblemático. Paulatinamente, o Estado foi reduzindo sua presença e a qualidade de sua ação na área do ensino fundamental e médio, ao mesmo tempo em que a tendência à mercantilização possibilitou a formação de um amplo setor educacional privado. Um conjunto enorme de escolas e conglomerados educacionais regidos, quase que exclusivamente, pelas regras capitalistas de mercado.
Um importante golpe de misericórdia veio com o abandono das famílias de classe média da opção pela escola pública e a crença de que ensino de qualidade estaria associado à escola privada. A sociedade acabou por perder um significativo instrumento de pressão sobre governos e os políticos em geral, no sentido de exigir melhores condições de ensino. Dentre tantas consequências negativas, vale ressaltar também um novo foco orientador da missão da escola para as crianças e os jovens. Abandonou-se a tradição da formação ampla dos indivíduos e da transmissão do conhecimento. Uma boa escola passa a ser considerada aquela que “garante o sucesso de meu filho no vestibular” e o posterior ingresso no ensino superior.
A realidade da rede pública, via de regra, foi de perda ainda maior de qualidade. A tão sonhada descentralização para estados e municípios não foi acompanhada dos recursos orçamentários necessários e a administração pública federal praticamente se desincumbiu de zelar pela qualidade do ensino oferecido na ponta do sistema. Os resultados podem ser sentidos em todos os tipos de avaliações realizadas. Alunos mal formados, índices expressivos de analfabetismo funcional, professores desmotivados, estrutura física e de apoio administrativa deficiente.
A lógica da contenção das despesas orçamentárias terminou por contaminar também a área da educação. Nem mesmo as reivindicações básicas dos setores historicamente ligadas à área têm sido atendidas, a exemplo de índices mínimos do PIB ou do orçamento para educação. Trata-se de tentativas de incorporar à realidade brasileira padrões de países que lograram dar um salto à frente, em termos de acesso e melhoria da educação de seus cidadãos.
Urgência de um novo modelo

Mas é importante ressaltar que apenas o índice quantitativo não basta. O nosso modelo educacional é antigo e viciado em padrões de acomodação. Tenta-se justificar a carência na qualidade da formação porque os salários dos professores são baixos. Os mecanismos do tipo “aprovação automática” acabam tendo alguma aceitação sob o argumento da pouca estrutura para atender ao volume de alunos. E por aí vai.
Ora, já passou da hora para que a sociedade e os governos passem a encarar a educação efetivamente como prioridade nacional. É sabido que a lógica político-eleitoral acaba priorizando aquilo que o jargão incorporou como “gestão de obras”. A maioria dos parlamentares e dos governantes têm como meta sua reeleição nas próximas eleições. Assim, não consideram “eficiente”, segundo essa ótica estreita e utilitarista, investir em políticas públicas que não lhe dão visibilidade imediata ou no curto prazo. O caso clássico e extremo desse tipo de enfoque são os investimentos em água e esgoto, que ficam invisíveis e correm por baixo do solo. Melhor seria construir pontes, asfaltar ruas, construir hospitais e até mesmo escolas. Mas sempre da perspectiva da “obra pronta” e não do modelo de saúde ou de educação a ser adotado.
A tão necessária “revolução na educação” começa, com certeza, com a alocação de mais verbas para a área. Mas os seus efeitos reais só serão sentidos nas próximas gerações. Infelizmente, e isso é importante reconhecer, a qualidade das anteriores e das atuais já está seriamente comprometida. Daí porque a questão da qualidade dos professores seja essencial. Atualmente, com os baixos salários oferecidos pela rede pública, o fato é que a grande maioria dos bons profissionais formados nas faculdades vão buscar outras opções de emprego. Poucos são os que ficam realmente por uma “abnegação da causa”. E essa realidade deve ser enfrentada de frente e com coragem. Os salários dos professores do ensino médio e fundamental devem ser de outro patamar.
E não se trata de um índice maior ou menor nesta ou naquela campanha salarial. Não! A questão é estrutural. Não adianta o governo federal continuar esse antigo jogo de empurra com os demais entes da federação, a respeito de quem seria o responsável por pagar bons salários aos mestres [1]. A absoluta maioria dos mais de 5 mil municípios não tem condições de pagar a remuneração que um novo modelo requer. O mesmo ocorre com boa parte dos governos dos estados. Nesse caso particular dos vencimentos, é necessário redefinir as condições do atual pacto federativo, para que a esfera federal auxilie os demais nessa empreitada tão urgente.
Outro aspecto essencial diz respeito à inserção da escola no conjunto das referências políticas, culturais e institucionais da comunidade próxima. Isso significa a opção pelo regime de tempo integral das crianças na escola, com o aproveitamento de seu espaço nos horários livre e nos finais de semana. Com todas as observações críticas que possam ser feitas às experiências dos CIEPs (Brizola no estado do Rio de Janeiro) e dos CEUs (Marta na prefeitura de São Paulo), é de algo com inspiração similar que a educação está a exigir.
Esse novo tipo de projeto educacional não pode ser objeto de avaliações meramente quantitativas, para saber de seu potencial e do uso adequado de recursos. É óbvio que o controle da verba pública é necessário e os processos devem ser submetidos a avaliação. Porém, não se trata da velha cartilha da comparação com as despesas e receitas da economia doméstica no final do mês. E menos ainda da avaliação típica das empresas, em sua contabilidade de eficiência baseada na redução dos gastos para aumentar os lucros. Aqui a abordagem deve ser diferente.
A educação é um bem público e seus efeitos deverão ser sentidos para as próximas gerações. A questão não é tanto o foco de cortar gastos no presente, mas de otimizar a sua utilização, fazendo que os resultado sejam potencializados no futuro. O contrato social da opção pelo ensino público e universal pressupõe um compromisso da sociedade em alocar uma parte de seus recursos para a formação de seu próprio futuro, assim como o faz com a saúde e com a previdência social, por exemplo.

NOTA[1]Isso leva a declarações infelizes, como a Cid Gomes, governador do Estado do Ceará, durante uma greve em 2011: “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado.”

Paulo Kliass é Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, carreira do governo federal e doutor em Economia pela Universidade de Paris 10.


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domingo, 1 de abril de 2012

Revolução Russa (1917)

Material retirado do livro: Nova História Crítica. Schmidt Mário.


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