Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

domingo, 26 de abril de 2009

PRÓXIMA AULA: 30/04/2009

2º Ano
Na aula anterior trabalhamos com o assunto a Primeira Guerra Mundial. Nesse nosso próximo encontro nos voltaremos para o estudo da História do Brasil, mas especificamente, sobre: A crise da monarquia no Brasil (1870-1889). Será trabalhado ao longo do capítulo as crises que abalaram e por fim derrubaram o Império Brasileiro.
1º e 2º Tempos.
Correção dos exercícios de casa.
Início do Estudo Dirigido. Essa aula (30/04) terá como dinâmica a formação de um grupo único, onde serão discutidos entre os alunos, o tema da aula. A avaliação será dada de acordo com a participação individual, no que se refere a forma que fez a leitura do capítulo (dúvidas para serem tiradas em sala) e na cooperação em ajudar os colegas a sanar as suas dúvidas.
Organização da aula.
1º Análise e interpretação do texto
2º Dúvidas
3º Discussão e resolução das dúvidas.
O professor será apenas um mediador.
Essa parte da aula abrangerá parte do primeiro tempo e todo o segundo. Se houver necessidade poderá se estender para o terceiro tempo.
3º Tempo.
Resolução dos exercícios propostos.
Páginas 53 e 54.
Exercícios 1, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 1o.
Correção.
Obs. Dependendo do andamento da aula, nós trabalharemos uma lista de atividades de revisão do conteúdo para a avaliação. Pois na semana da avaliação pretendo que vocês elaborem uma linha do tempo ilustrada. Postagem - 27/04/2009.
Para aprofundamento do tema.
Foi postado no blog uma série de textos, figuras, documentos, vídeos e tabelas que podem ajudar na compreensão dos assuntos que serão abordados no decorrer da aula. Este material encontram-se nas seguintes postagens:
. Cronologia da abolição da escravatura.
Documentos para o 2º ano e Revisão.
. A posição subalterna do Exército Brasileiro.
Atividades para o 2º ano.
. O processo de extinção da escravidão.
Documentos para o 2º ano
. Esquema-Resumo.
Atividades para o 2º ano e Revisão.
. Os quadrinhos como fontes históricas - O fim do Império
Trabalhos, Revisão, Colégio Fluminense de Éden, Vídeos
Sites

# Sobre a Questão Religiosa

http://www.oabsp.org.br/institucional/grandes-causas/a-questao-religiosa

Para aprofundamento do tema:

Aula do professore Jucenir, do Colégio Anglo, com a colaboração de Alfério di Giaimo, Membro da Academia de Letras Maçónicas. Fonte TVAnglo. Vale a pena dar uma passada e assistir a aula.
http://www.angloararaquara.com.br/

Aulas online. História ao Vivo.

# O fim do Império

http://www.libertaria.pro.br/brasil/capitulo11_index.htm

Abaixo encontra-se um vídeo do professor Boris Fausto da USP, sobre o fim do período imperial brasileiro, destacando a questão da mão-de-obra.

CRONOLOGIA DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

Cronologia da abolição da escravatura
1772O julgamento do escravo fugitivo Somersett, abre precedente para que a Justiça britânica não mais apóie a escravidão.
1794 Primeiro país a proibir a escravidão, o Haiti tem sua legislação abolicionista revogada por Napoleão em 1802.
1807 O Parlamento britânico aprova o Abolition Act, que proibia o tráfico de escravos na Inglaterra.
1810Tratado de Aliança e Amizade entre Portugal e Inglaterra. Estabelece a abolição gradual da escravidão e delimita as possessões portuguesas na África como as únicas que poderiam continuar o tráfico.
1823José Bonifácio na Assembléia Constituinte, apresenta uma representação sobre a abolição da escravatura e a emancipação gradual dos escravos.
É aprovada a lei que proíbe a escravidão no Chile.
1826 A Inglaterra impõe ao governo brasileiro o compromisso de decretar a abolição do tráfico em três anos.
1829 Durante o governo de Vicente Guerrero, é decretada a abolição da escravatura no México.
1831Lei Feijó. proíbe o tráfico e considera livres todos os africanos introduzidos no Brasil a partir desta data. A lei foi ignorada e chamada popularmente de “lei para inglês ver”.
1833 É sancionada no Parlamento a extinção da escravatura, que é estendida a todo o Império britânico.
1845 Slave Trade Suppression Act (Bill Aberdeen). Lei britânica que proibia o comércio de escravos entre a África e a América.
1848Em 1794, a convenção republicana francesa votou pela abolição nas suas colônias, mas somente em 1848 os escravos são emancipados.
1850 Lei Eusébio de Queiróz. Proíbe o comércio de escravos para o Brasil.
1854Lei Nabuco de Araújo. Previa sanções para as autoridades que encobrissem o contrabando de escravos. É decretado o fim da escravidão na Venezuela e no Peru.
1865 Com o fim da Guerra de Secessão nos Estados Unidos (1861-1865), o presidente Lincoln declara extinta a escravidão em todo o território norte-americano.
1869 Portugal torna ilegal a escravidão, mas já havia decretado a liberdade dos escravos em seus territórios desde 1854.
1871 Lei do Ventre Livre. Concede liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir dessa data, mas os mantém sob a tutela dos seus senhores até atingirem a idade de 21 anos.
1874 Os escravos são emancipados na Costa do Ouro (atual Gana) após a conquista do reino de Axante pelos ingleses.
1880Joaquim Nabuco (deputado de Pernambuco) apresenta à Câmara um projeto de lei propondo a abolição da escravidão com indenização até 1890.
Fundação da Sociedade Brasileira contra a Escravidão e de seu jornal, O Abolicionista.
1883 Publicação de O Abolicionismo, de Joaquim Nabuco.
Criação da Confederação Abolicionista / panfleto de André Rebouças, Abolição imediata e sem indenização.
1884 Extinção da escravidão no Ceará.
1885 Lei dos Sexagenários (Saraiva-Cotegipe), que concede liberdade aos escravos com mais de 60 anos.
1886 O tráfico foi oficialmente extinto em Cuba, que passou a receber mão-de-obra chinesa para trabalhar no plantio de cana-de-açúcar.
1887 Quilombo de Jabaquara.
Fundado por José do Patrocínio o jornal abolicionista Cidade do Rio.
1888 Lei Áurea. Extinguiu definitivamente a escravidão no Brasil.
1889Proclamação da República.
1890Acordo com a Inglaterra para proibição do tráfico negreiro e abolição da escravatura na Tunísia.
1894 A Inglaterra decreta em Gâmbia a emancipação gradual da escravidão. Os escravos tornavam-se libertos com a morte do senhor ou mediante pagamento.
1897 A escravidão é abolida em Madagascar. Em Zanzibar, o status legal da escravidão é abolido, mas a proibição da prática só ocorre em 1909.
1901 A Inglaterra torna a escravidão ilegal no sul da Nigéria, mas a abolição no norte do país só ocorre em 1936.
1906 A escravidão é proibida na China.
1928As leis que aboliam a escravidão nas colônias britânicas não eram aplicáveis ao protetorado de Serra Leoa, onde a escravidão só foi considerada ilegal a partir desta data.
1942 A Etiópia manteve a escravidão até esta data, indiferente às pressões abolicionistas internacionais. Só se tornou independente na década de 1930.
1956 Com a retomada de sua soberania, a escravidão no Marrocos foi desaparecendo do reino sem uma legislação específica, e a instituição se extinguiu.
1962 A Arábia Saudita abole o status legal da escravidão.
1980 Na Mauritânia, a lei de 1980 foi a última das quatro tentativas legais de abolir a escravidão no país. Atualmente, ainda há indícios desta instituição no país.
1990 A escravidão foi abolida no Sudão na década de 1950, mas a prática foi retomada nos anos 90 com a guerra civil.

sábado, 25 de abril de 2009

A posição subalterna do Exército brasileiro



Fonte: Faria, O Mosquito, 1870. Biblioteca Nacional.

A SITUAÇÃO SOCIAL DOS MILITARES

Pretendesse qualquer oficial, um alferes, um tenente, por bem reputado que fosse, a mão de qualquer moça de família mais notada pela posição e por seus haveres, eram surpresas, pasmo, sorrisos de compaixão, mil dificuldades, ao passo que todas as portas pressurosas se abriam ante a solicitação de qualquer bacharelzinho saído de fresco das escolas, mas que contava com patronos no Senado, na polçítica e na alta administração.

Visconde de Tunay, 1891

PRESENÇA DE OFICIAIS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS (1853-1889)


Atividades
1. Selecione as informações ou as opiniões essenciais dos textos e/ou documentos
2. Tendo como base as informações acima, responda:
a) A que se deviam o baixo apreço social e a pequena participação política dos militares do Exército durante o Segundo Reinado (1840-1889)?
Para ajudar na compreensão da chamada Questão Militar, o site da revista História Viva traz uma mat´ria com o título Ordem e Progresso, sobre o pensamento positivista de Augusto Comte, sua influência sobre a oficialidade do Exército Brasileiro após a Guerra do Paraguai (1864-1870) e seu papel na elaboração de um projeto político no meio militar.

O PROCESSO DE EXTINÇÃO DA ESCRAVIDÃO


Fonte: Holanda, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. RJ. J. Olympio, 1956.p. 92
O aumento da importação de escravos nos anos imediatamente anteriores à Lei Eusébio de Queirós decorreu da preocupação dos senhores brasileiros com o esperado desfecho das pressões inglesas. A lei, por sua vez, não extinguiu completamente o tráfico, que continuou ilegalmente, mas de forma bastante reduzida e em declínio. Contudo, se o tráfico negreiro declinava, o tráfico interno ganhou impulso, abastacendo as áreas produtoras de café.
A tabela acima é só para complementar as informações do infográfico, já que é bem mais completa.
Na tabela a seguir, podem-se observa os preços médios dos esravos antes da Lei Eusébio de Queirós e após, permitindo-se a constatação de que os custos operacionais dos fazendeiros que utilizam a mão-de-obra escrava tornaram-se inviáveis.

A respeito do encarecimento da mão-de-obra escrva e de seu impacto sobre a própria escravidão, os historiadores Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon observaram:
"O desenvolvimento do capitalismo industrial central, gerando a necessidade de uma contínua expansão dos mercados, pressionava no sentido do desaparecimento da mão-de-obra escrava nas suas áreas periféricas. O interesse em ganhar esse mercado potencial é que explica a mudança de posição da Inglaterra diante do escravismo, defendido por ela na época mercantilista e combatido no século XIX.
Além disso, é precisso notar que, apesar da resistência que as idéias abolicionistas provocaram, o fato é que elas foram presentadaas e reivindicadas no Parlamento em que dominava a classe escravista, o que nos leva a perceber que ela própria, ao longo do século XIX, começa a perceber a necessidade de mudar o regime de mão-de-obra. (...)
Dessa forma a escravidão estva condenada a desaparecer em pouco tempo, pois, no Brasil, ao contrário do que aconteceria nos EUA, nunca se conseguiu com sucesso a reprodução do plantel de escravos; as grandes propriedades norte-americanas especializadas na criação não tiveram similares no caso brasileiro. A alta taxa de mortalidade entre os escravos, agravada por uma baixanatalidade, reduzia constantemente a população cativa - ela representava 74% da população total no início do século XIX, 31% em 1850, 15& em 1872 e somente 5% em 1887 - provocando naturalment, a elevação de seu preço, que em média subiu de 300 dólares por escravo em 1835 para 650 em 1875."
Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon . História Econômica Geral e do Brasil. São Paulo: Atlas, 1980. p. 269.
A Inglaterra e o fim do tráfico negreiro
"A Inglaterra, até o século VIII, era a grande beneficiária do tráfico negreiro. (...) Os traficantes ingleses vendiam escravos não apenas aos plantadores das colônias britânicas, mas também aos franceses e espanhóis. (...) O retorno era altamente lucrativo, pois os espanhóis pagavam em ouro e prata de suas colônias. (...)
Com a Revolução Industrial, os interesses econômicos ingleses privilegiaram a ampliação de mercados consumidores pra suas manufaturas. Com o objetivo de diminuir o custo de produção, a burguesia, ligada às atividades industriais, desejava que os produtos coloniais fossem vendidos na Grã-Bretanha a preços reduzidos porque poderia pagar salários mais baixos. Por conta deste processo, o tráfico negreiro não ocupava mais o lugar de destaque que outrora alcançara na economia brtânica.
(Neves e Machado, 1999)
As duas visões acima reflentem posições historiográficas onde certos autores estabelecem vínculos diretos entre a campanha abolicionista e os interesses dos grupos industriais ingleses.
Os artigos abaixo fora extraídos do site da Revista de História da Biblioteca Nacional. Edição maio de 2008, número 32. Acesso 26/04/2009
GUERRA DE VERSÕES
Robert Daibert Jr.
Desde a metade do século XIX a monarquia mostrou-se disposta a aprovar projetos abolicionistas. Em meio ao aumento da violência em conflitos entre escravos e senhores, as leis do Ventre Livre (1871) e dos Sexagenários (1885) buscavam manter a grande produção agrícola e preservar a ordem social.
Este processo fez crescer a oposição dos proprietários escravocratas, que engrossavam as fileiras republicanas. Ao afastar-se deles, a monarquia se preparava para construir uma nova base de legitimidade, sintonizada com grupos emergentes (como os setores médios urbanos) e com as expectativas gerais da população. Para isso, investiu pesado na propaganda que associava a abolição a uma ação exclusiva da princesa Isabel. Uma espécie de febre monarquista, de natureza cultural e religiosa, foi difundida naquele momento. Valendo-se de concepções de realeza herdadas da África, foi natural para os negros adotar essa idéia da abolição como uma redenção concedida pela monarquia. Ela se espalhou pelos espaços da cultura popular, fortalecida em seu caráter místico e africanizado.
Após a queda da monarquia, a República tentou ligar-se à memória da abolição. Seu principal argumento era a recusa do Exército em capturar os escravos fugidos. Reivindicava-se, assim, o reconhecimento dos republicanos militares como atores da abolição e redentores da pátria livre. Nos manuais escolares, o ensino da história da abolição exaltava como heróis republicanos Silva Jardim e Deodoro da Fonseca. Nas comemorações oficiais da abolição, o 13 de maio e o 15 de novembro eram apresentados como datas complementares de um mesmo processo de modernização do país, marcos de uma nova era que proporcionou o exercício pleno da cidadania, abrindo as portas do Brasil ao progresso e à civilização. De modo complementar, ligavam o sistema monárquico à escravidão e ao atraso do país, além de silenciar o nome da princesa Isabel no processo de aprovação do projeto convertido em lei.
Mas a estratégia não conquistou os libertos e os afro-descendentes. Houve derramamento de sangue e tentativas de resistência após a proclamação da República. O novo regime foi assombrado por fuzilamentos em massa, espancamentos de negros fiéis à sua “Redentora”, prisão e deportação de líderes da Guarda Negra (espécie de milícia organizada para defender a monarquia e a princesa Isabel) e conflitos com ex-escravos que se recusavam a trabalhar para fazendeiros republicanos. Muitos negros, convencidos de que deviam sua liberdade ao trono, tornavam-se mártires pela monarquia. Conseqüentemente, foram esquecidos pela República.
ROBERT DAIBERT JÚNIOR é professor do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora e autor de "Isabel, a "redentora" dos escravos: Uma história da princesa entre olhares negros e brancos (1846-1988). (Bauru: Editora do Sagrado Coração - EDUSC, 2004)"

EM NOME DE DEUS
José Murilo de Carvalho
Foi muito diferente o papel exercido pela religião e pelas igrejas nos movimentos abolicionistas dos Estados Unidos e do Brasil.
O mais forte componente dos abolicionismos britânico e norte-americano foi justamente a convicção religiosa. Os quakers foram pioneiros na luta contra a escravidão na Grã-Bretanha. Esse grupo religioso puritano, conhecido como Sociedade dos Amigos, engajou-se na luta desde o final do século XVII. Apesar de não haver condenação da escravidão na Bíblia, eles decidiram que sua prática era incompatível com o princípio da igualdade de todos os homens perante Deus. Aliados a outros religiosos, organizaram-se em sociedades abolicionistas, mobilizaram a opinião pública e pressionaram o Parlamento para aprovar medidas contra a escravidão. Em 1807, esses militantes conseguiram sua primeira grande vitória quando o Parlamento decretou o fim do tráfico de escravos.
A atuação dos quakers estendeu-se aos Estados Unidos, onde a luta foi muito mais dura, pois lá a escravidão estava dentro do país. Mesmo assim, na década de 1830 já funcionavam várias sociedades abolicionistas, todas movidas por valores puritanos e organizadas por quakers, metodistas e batistas. A mais importante foi a American Anti-Slavery Society, criada em 1833. No Brasil, nem o pensamento abolicionista se baseou na religião, nem a Igreja Católica se empenhou na causa. Pelo contrário, padres e ordens religiosas eram coniventes e cúmplices da escravidão. A Bíblia, argumentava-se, não proibia a escravidão e, afinal, o que importava era a liberdade da alma livre do pecado, e não a liberdade civil. Além disso, padres eram empregados do Estado, cujos interesses tinham dificuldade em contrariar. Nosso abolicionismo baseou-se antes em razões políticas e humanistas.
Esse contraste ajuda a entender por que, nos Estados Unidos, a abolição foi seguida de forte ação a favor dos ex-escravos, sobretudo nos campos da educação, dos direitos políticos e do acesso à propriedade da terra. Entre nós, nada foi feito, nem pelo Estado, nem pela Igreja, nem pelos particulares.
José Murilo de Carvalho é professor titular da UFRJ e autor de Dom Pedro II: Ser ou não ser (São Paulo: Companhia das Letras, 2007).

SENSIBILIDADE INGLESA
Manolo Florentino
Quando se trata de avaliar os motivos da pressão inglesa pelo fim do tráfico atlântico de escravos, paira nos bancos escolares do ensino médio o estigma do “Ocidentalismo” – crença que reduz a civilização ocidental a uma massa de parasitas sem alma, decadentes, ambiciosos, desenraizados, descrentes e insensíveis.
Não podem ser levadas a sério teses que vinculam a ação britânica a imaginárias crises econômicas do cativeiro no Caribe na passagem do século XVIII para o seguinte. O tráfico seguia lucrativo e não passava pela cabeça de nenhum líder inglês sério que a demanda americana por bens britânicos pudesse aumentar com o fim da escravidão. Mas tudo isso continua a ser ensinado aos nossos filhos e netos.
O abolicionismo britânico tinha natureza cultural e política. Na vanguarda do movimento estavam ativistas que não abriam mão da crença na unidade do gênero humano, com destaque para os quakers, que rejeitavam o uso da violência com o mesmo empenho com que recusavam qualquer sacramento ou hierarquia eclesiástica.
Tratando-se de convencer por meio da palavra e de petições antiescravistas, ajudava contar com uma sólida tradição parlamentar, desfrutar de liberdade de imprensa e circular pela eficiente rede inglesa de comunicações. Mas o pulo do gato do mais ambicioso projeto de persuasão política surgido no Ocidente antes do advento do marketing moderno foi insistir no sofrimento do africano como metáfora do arbítrio vivido pelo inglês comum – o único meio de escamotear o fator racial que os apartava.
O rapto de cidadãos reproduzia as tripulações da mais poderosa Marinha do mundo – dezenas de milhares de homens foram capturados por gangues armadas do serviço naval durante as guerras napoleônicas. Do mesmo modo, ainda no plano das sensibilidades, as terríveis condições materiais das primeiras gerações de operários britânicos estabeleciam pontes entre as trajetórias do inglês comum e as dos milhares de escravos capturados na África. Eis o fermento para a abolição do tráfico em 1807, da escravidão na década de 1830 e da legitimação moral dos aprisionamentos feitos pela Royal Navy até a segunda metade do século.
Claro que tudo isso justificou as posteriores conquistas coloniais na África e na Ásia. Mas a aventura abolicionista britânica bem merece uma estátua em cada uma das praças mais importantes das antigas sociedades escravistas das Américas.
MANOLO FLORENTINO É professor de História da UFRJ e autor do livro "Em costas negras: Uma história do tráfico entre a África e o Rio de Janeiro (São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 2ª ED.)"

ESQUEMA-RESUMO



Fonte: Vicentini, Cláudio. História para o Ensino Médio: História Geral e do Brasil/Cláudio Vicentino, Gianpaolo Dorigo. SP: Scipione,2005
Atividades.
Descreva o esquema-resumo acima e, no final, formule um parágrafo sobre o papel e a situação dos setores populares, médios e urbanos no encerramento do Império e na queda de D. Pedro II.
Chave de correção
Para ajudar na resposta siga a dica abaixo.
Na descrição do esquema-resumo, é necessário salientar o papel dos setores sociais que tiveram maior influência nos desdobramentos políticos que culminaram na Proclamação da República. Essa atividade é importante por permitir trabalhar a questão da escravidão, da cidadania, da diversidade social e dos direitos.

ÁRVORE GENEALÓGICA DA FAMÍLIA IMPERIAL BRASILEIRA


Fonte:www.sokarinhos.com.br/HISTORIA/histbr_42.htm

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Charge de Bordalo. Publicada em O Mosquito em setembro de 1875, dom Pedro II dá a mão à palmatoria a Igreja. Trata-se de uma alusão à anistia concedida pelo imperador aos bispos de Olinda e Belém, protagonistas da "Questão Religiosa".
Fonte: Arruda e Piletti. Toda a História. História Geral e do Brasil. Ed. Ática, p. 293.
Essa imagem esta sendo postada pela sua dificuldade de ser encontrada na rede. Um abraço.

terça-feira, 21 de abril de 2009

AULAS: GRANDES NAVEGAÇÕES

Segue abaixo uma série de materiais para complementar as aulas sobre a expansão européia nos séculos XV em diante.
O cotidiano no tempo da expansão
http://www.esnips.com/doc/508f0713-7b40-415a-ada6-7e0d622d6b8d/O-quotidiano-no-tempo-da-expansão
Aula sobre s grandes navegações ministrada no Colégio Militar de Brasília
http://www.esnips.com/doc/069d4e36-7803-4066-ab4f-fa41d269d095/AS-GRANDES-NAVEGAÇÕES
O primeiro texto: “a epopéia dos pobres”, escrito pela jornalista Cibelle Pedral, é uma resenha do livro O ponto onde estamos: viagens e viajantes na história da expansão e da conquista. Do historiador Paulo Miceli. O segundo texto foi escrito por Fernando Valeika de Barros escreveu para a revista Superinteressante as condições do cotidiano das viagens no tempo de Vasco da Gama.
http://www.esnips.com/doc/1ed6f25c-8919-4a60-a529-a80f2574a09b/AS-GRANDES-NAVEGAÇÕES
Este artigo discute a expansão marítima portuguesa durante os séculos XV e XVI, destacando o papel dos principais agentes responsáveis pelo processo: o governo português, as firmas e as casas senhoriais. Enfatizam-se os diferentes objetivos e restrições a que cada agente estava submetido e mostra-se como tais fatores contribuíram tanto para a conquista quanto para a perda do Império Asiático.
http://www.esnips.com/doc/3617bb95-c4f9-4242-8a7b-68681e765876/Expansão-Ultramarina-Portuguesa.-Séculos-XV-e-XVI.

LEMBRETE

TURMAS DE SEXTA-FEIRA.
1° E 2° ANOS.
NÃO SE ESQUEÇAM DOS EXERCÍCIOS DO LIVRO PARA O DIA 30/04.
VALENDO PONTO PARA O 1° BIMESTRE.

CORREÇÃO 1° ANO - 1° BIM. C.E.RUBENS FARRULLA

Possibilidade de respostas
Avaliação: dias 17 e 18/04/2009
Turmas: 1009,1010,1011,1012 e 1013.
1ª QUESTÃO
Identifique os grupos sociais considerados, respectivamente, defensores, oradores e lavradores. De acordo com o autor medieval, por que Deus dividiu os cristão por esses três estados?
"Oradores" são os que rogam por Deus, "defensores" são os nobres, que "defende" o cristianismo com a espada na mão (como por exemplo nas Cruzadas), "lavradores" são os que produzem o que permite que os homens possam "viver e manter-se". Essa divisão foi criada por Deus porque, segundo o autor do texto, 'Deus quis que se mantivesse o mundo".
2ª QUESTÃO
a) Para Perry Anderson, o Estado Absolutista expressava o domínio de qual classe social?
A aristocracia (nobreza feudal)
b) Para Francisco Falcon, o Estado Absolutista era feudal ou capitalista? E para Perry Anderson?
Para Falcon, não era nenhum dos dois. Para Anderson, era feudal.
c) Para Francisco Falcon, qual era a principal classe beneficiada pelo absolutismo?
A aristocracia.
3ª QUESTÃO
Anulada (Somente as turmas: 1009,1010 e 1011)
A expansão da Peste Negra. (Legenda)
4ª QUESTÃO
A primeira imagem representa os flagelantes, grupo de pessoas que acreditavam que ao se auto-flagelarem agradavam a Deus e consequentemente, Este, se apiedaria dos homens e acabaria com a peste, que segundo alguns era um castigo de Deus. A segunda figura representa pessoas "atacadas" pela peste. As consequências foram: em primeiro lugar, a grande mortandade de pessoas e como consequência uma escassez de mão-de-obra que elevou os salários e tornou os senhores menos dispostos a conceder liberdade aos servos. Por causa dessa situação aumentou o número de rebeliões e segundo alguns a necessidade de um Estado forte.
5ª QUESTÃO
d)
1+2+4+8=15 (Turmas 1012 e 1013)
Lembrete para as turmas 1012 e 1013.
Não esqueçam dos exercícios 1 ao 5 da página 100 para o dia 30/04.
Um abraço.
Alexandre.

CORREÇÃO 2° ANO - 1° BIM. C.E.RUBENS FARRULLA

Possibilidades de respostas.
1ª QUESTÃO

a) Por que podemos afirmar que o Iluminismo é uma ideologia burguesa?
Podemos firmar que o Iluminismo é uma ideologia burguesa, porque correspondia aos interesses desse grupo social que desejavam maior liberdade política e econômica. Os pensadores Iluministas defendiam, além da não-intervenção do Estado na economia - o que prejudicava os negócios burgueses - a igualdade jurídica entre os homens - o que permitia uma maior participação política - entre outras coisas.
b) De acordo como o autor, qual é a semelhança entre o pensamento de Newton, Locke e Rousseau?
A crença na possibilidade de uma explicação dos fenômenos naturais por meio de leis universais.
c) Segundo o autor, quais são as diferenças entre as definições de "contrato social" de Locke e Rousseau?
Para o segundo - Rousseau - só o povo poderia exercer a soberania. Ninguém mais poderia fazer em seu lugar.
2ª QUESTÃO
e)
3ª QUESTÃO
c)
4ª QUESTÃO
d)
5ª QUESTÃO
- As características sociais do Antigo Regime, pois mostra os três grupos sociais;
- A exploração dos dois primeiros estamentos sobre o povo, o terceiro estamento - que está sendo esmagado na primeira figura e na segunda carrega os outros dois estamentos. Representam que é a base da sociedade que sustenta o Estado e a sociedade do Antigo Regime;
- A primeira figura. Pois é "puro osso" representado assim a situação que se encontra o terceiro estado. Mal alimentado devido a opressão, o peso dos impostos etc.
Lembrete:
Não esqueçam dos exercícios 3 e 5 da página 227, para o dia 30/04.
Um abraço.
Alexandre.

domingo, 19 de abril de 2009

ENTREVISTA.

Entrevista concedida por Dom Antonio de Orleans e Bragança em 2006 relatando o momento histórico da queda da Monarquia e do golpe da proclamação da República.
Para acessar a continuação é só clicar no endereço abaixo.
http://www.youtube.com/user/visaopolitica

O FIM DO IMPÉRIO EM QUADRINHOS

Vídeo, elaborado pelo professor Marcelo Sales, sobre as questões que abalaram o Império Brasileiro e que consequentemente levram a proclamação da República. Assista, divirta-se e aprenda.
Obs. É sempre bom dar uma olhada nos comentários.

domingo, 12 de abril de 2009

PRÓXIMA AULA: 16/04/2009

2° Ano
Tema: As relações internacionais: o equilíbrio europeu, o sistema de alianças e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
1° tempo:
Leitura individual do capítulo, elaboração de dúvidas sobre a leitura. Esclarecimento das dúvidas e realização e correção das atividades da p. 41.
2 e 3° tempos:
Trabalhando com textos: O fim dos grandes impérios.

Nestas páginas, existe um pequeno quiz, sobre a Primeira Guerra. Teste seus conhecimentos. Depois coloque suas impressões nos comentários. Não se esqueça de se identificar. http://www.francodigi.com/Historia/actividades/Fases_guerra.htm
http://www.percursos.net/1guerra-rc.htm
http://www.percursos.net/1guerra-rm.htm
Obs: A participação é voluntária. Sites sobre a Primeira Guerra http://www.guerras.brasilescola.com/seculo-xx/primeira-guerra-mundial.htm
Sobre a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Obs. Como essa página e livre, torna-se necessário um certo cuidado com as informações da página. Por isso é sempre bom ter cuidado e confirmar os dados. Vale a pena entrar na página sobre os navios estrangeiros atacados no litoral brasileiro. http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_na_Primeira_Guerra_Mundial
Site com algumas informações, depoimentos, dados e gráficos sobre a Primeira Guerra. http://www.algosobre.com.br/historia/primeira-guerra-mundial-a.html

3° Ano
Na aula anterior analisamos a Crise de 1929 seus fatores e suas consequências, como o surgimento dos regimes totalitários, através da análise de poemas. Nesta aula (16/04) daremos continuidade ao estudo do totalitarismo e iremos estudar também a Segunda Guerra Mundial.
1° tempo:
Leitura individual do capítulo, elaboração de dúvidas sobre a leitura. Esclarecimento das dúvidas. 2° e 3° tempos:
Elaboração de uma linha do tempo e estudo dirigido sobre a Segunda Guerra Mundial.
Para aprofundamento do tema:
Uma excelente aula, em power point, sobre os Regimes Totalitários do prof. Euclides Tavares www.escoladomestica.com.br/documentos/regimestotalitarios.pps Na postagem: Trabalhos - Colégio Fluminense de Éden; Vídeo. Encontra-se um vídeo sobre o nazismo vale a pena da passada lá. Página da comunidade judaíca, sobre os campos de concentração. http://www.beth-shalom.com.br/especiais/campos_de_concentracao/index.php http://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Guerra_Mundial Obs. Como essa página e livre, torna-se necessário um certo cuidado com as informações da página. Por isso é sempre bom ter cuidado e confirmar os dados.
Portal sobre A Segunda Guerra Mundial. Do drama à glória, da tragédia ao triunfo...Entre os anos de 1939 e 1945, o mundo viveu o maior e mais sangrento confronto da história da humanidade, que contamos através de textos, relatos, histórias, curiosidades, fotos, imagens, desenhos, vídeos e muito mais, abrangendo desde o início da guerra até o seu desfecho. http://www.segundaguerramundial.com.br/sgm/
Especial on-line da Revista Veja sobre a Segunda Guerra Mundial http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html
"Prelúdio de uma Guerra"
Compactação do aclamado filme documentario "Prelúdio de uma Guerra", produção Norte-Americana. Este filme foi o primeiro a ganhar o oscar em 1943. Parte das imagens contida neste filme foram capturadas do inimigo. O filme elucida o real propósito das nações do EIXO e demonstra com clareza suas ambições negras diante do mundo. As Américas seria as ultimas das conquistas do EIXO, e por conta disto seria a mais gloriosas das conquistas. Produzido durante a Segunda Guerra, usando imagens de cenas reais. Trabalharam em conjunto neste projeto, três vencedores do Oscar: o produtor-diretor Frank Capra (Aconteceu Naquela Noite), o compositor e militar do exército americano Dimitri Tiomkin (Matar ou Morrer) e o ator-narrador Walter Huston (Tesouro de Sierra Madre). O filme esta dublado em portugues-BR. Os interessados em ver o filme completo poderão lograr o DVD que está à venda nas melhores lojas.
Fonte do texto:FSNOBREGA Assista o compacto.
Mapa animado sobre os movimentos militares durante a Segunda Guerra http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/media_nm.php?ModuleId=10005137&MediaId=139Obs.
Assim que for possível enviarei para vocês, via e-mail, outro mapa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

CORREÇÃO EXERCÍCIOS - TURMA 1013

DATA DA ATIVIDADE 03/04/2009
1) O primeiro texto, de Carlos Guilherme Mota, enfatiza a ligação da monarquia com a burguesia. Para Perry Anderson, autor do segundo texto, as inovações institucionais trazidas com o absolutismo apenas reforçaram e deram condições para a manutenção da ordem aristocrática feudal.
2) Uma leitura possível é que, embora as relações entre o monarca absolutista e a nobreza tenham sido tensas (já que o rei precisava se impor sobre frações da nobreza,que,por vezes,se recusavam a abrir mão da sua parcela de poder), foi o seio da própria nobreza que emergiram os monarcas, e foi, sobretudo, para atender aos interesses dessa nobreza que os reis absolutistas estruturaram seu governo. Assim, o estímulo que os monarcas absolutistas deram ao comércio, do qual a burguesia se beneficiou, foi apenas para viabilizar e manter uma estrutura de poder que continuava sendo essencialmente aristocrática.

terça-feira, 7 de abril de 2009

EXERCÍCIOS - SÉCULO XIV

Segue abaixo uma série de exercícios sobre a crise do feudalismo.
Exercícios elaborados pela profª: Camila C. Flausino UNED-CEFET MG
Exercícios sobre “A Crise do Feudalismo”
1)Quais foram as razões naturais da crise do feudalismo a partir do século XIV? E as razões de ordem social e econômica?

2)O relato a seguir descreve o funcionamento de uma escola medieval. Leia o texto para depois discutir as questões propostas:
Eu vejo uma reunião de estudantes; seu número é grande, há de todas as idades; há crianças, adolescentes, moços e velhos [...]. Seus estudos são diferentes; uns exercitam sua língua inculta a pronunciar novas palavras e a produzir sons que lhes são insólitos. Outros aprendem, em seguida, ouvindo, as inflexões dos termos, sua composição e sua derivação [...]. outros trabalham com um estilete em tábuas revestidas com cera. Outros traçam com mão sábia, sobre membranas, diversas figuras de cores diferentes. [...] Outros, a tanger uma corda esticada sobre um pedaço de madeira, tirando dela melodias variadas. Outros, explicando certas figuras de geometria. Outros, com o auxílio de certos instrumentos, o curso e a posição dos astros e a revolução dos céus. Outros tratando da natureza das plantas, da constituição dos homens, das propriedades e virtudes de todas as coisas.
Huges de Saint-Victor. De vanitate mundi. In: Jaime Pinsky. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 1989. p. 125.
a)Identifique o tipo de pessoa que freqüentava essa escola e as várias atividades (profissões) ali realizadas.
b)Você considera que essas informações reforçam a idéia de “Idade das Trevas” relacionada por alguns ao mundo medieval ou acha que se contrapõem a essa visão? Por quê?

3) “Ao nosso muito querido amigo, o glorioso conde Hatton: ... Um dos vossos servos, de nome Huno, veio à Igreja dos santos mártires pedir mercê pela falta que cometeu contraindo casamento, sem vosso consentimento, com uma mulher de sua condição que é também vossa serva. Vimos pois solicitar a vossa bondade para que useis de indulgência (perdão) em relação a este homem.”
A carta acima, escrita por um monge que viveu entre os anos de 770 e 840, expressa relações de poder na sociedade medieval. Após a leitura do trecho, responda:
a) Apresente e explique a condição do servo na estrutura de poder da sociedade feudal.
b) Cite e explique o mais pesado imposto devido pelos servos a seu senhor.
c) Apresente e explique o papel da Igreja nessa hierarquia.

4)A oitava e última Cruzada realizou-se em 1270 e resultou em fracasso. Apesar do enorme número de mortes que provocaram as Cruzadas não alcançaram os objetivos pretendidos. Entretanto, seu significado para a história econômica e social da Europa foi muito importante. Comente esse significado.

5)Leia o trecho a seguir e em seguida:
“No ano do Senhor de 1349 houve em quase toda a superfície do globo uma tal mortalidade como raramente se terá conhecido outra. Com efeito, os vivos mal chegavam para enterrar os mortos ou evitavam-nos com horror.”
(De um texto do papa Clemente VI. Em: Gustavo Freitas. 900 textos e documentos históricos. Lisboa: Plátano, s.d.v.1, p.174.)
Responda: A que conjunto de acontecimentos se refere esse documento e como ele contribuiu para a dissolução do feudalismo?

6)Em um breve parágrafo, estabeleça a relação entre o surgimento das cidades medievais e da burguesia.

7)Leia o texto sobre a Burguesia e o trecho da música “Burguesia” de Cazuza (Anexo). A seguir responda:
a)Compare o significado que a palavra “burguês” tinha no período medieval ao que ela passou a ter após o século XIX.
b)Com relação a letra da música, qual crítica social o compositor apresenta?
c)Na sua opinião, quem é a “burguesia” que a letra da música apresenta? Por quê? Em que ela se distingue do “bom burguês” para o compositor?

8)Leia o texto abaixo e em seguida responda:
Entre meados do século XII e meados do século XIII, o aumento das condenações da usura é explicada pelo temor da Igreja ao ver a sociedade abalada pela proliferação das práticas usurárias. O terceiro concílio de Latrão (1179) declara que muitos homens abandonam sua condição social, sua profissão, para tornarem-se usurários. No século XIII, o papa Inocêncio IV e o grande canonista Hostiensis temem a deserção dos campos, devido ao fato de os camponeses terem se tornado usurários ou estarem privados de gado e de instrumentos de trabalho pelos possuidores de terras, eles próprios atraídos pelos ganhos da usura. A atração pela usura faz aparecer a ameaça de um recuo da ocupação dos solos e da agricultura, e com ela o espectro da fome.
(Jacques Le Goff. A bolsa e a vida: a usura na Idade Média. 2.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 25).
a)O que é usura?
b)Por que a Igreja medieval condenava a prática da usura?
c)Relacione a prática da usura com o desenvolvimento do pré-capitalismo no final da Idade Média.

Burguesia
No século XIII com o fim das Cruzadas ocorreu uma grande alteração no quadro econômico europeu que resultou na abertura do Mar Mediterrâneo e no chamado Renascimento Urbano e Comercial. Todas estas mudanças ajudaram a colocar um ponto final no já decadente Sistema Feudal.
Com as Cruzadas surgiram as primeiras rotas comerciais formadas pelos antigos cavaleiros que, ao retornarem a Europa, iam saqueando as cidades orientais e vendendo as mercadorias adquiridas (jóias, tecidos, temperos, etc.) pelo caminho. Durante esse período, estes mesmos mercadores, como forma de proteção, começam a construir cidades protegidas por muralhas, conhecidas como burgos. Os burgos abrigavam também os camponeses, que com a decadência do feudalismo e consequente perda de poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nestas fortalezas. Originalmente, o termo burguês era usado para se referir a estas pessoas que residiam nos burgos. Mas aos poucos o termo passou a ser usado para designar um grupo que começava a se estabelecer como força econômica, a transformar os meios de produção e que se dedicava às atividades comerciais. Esses comerciantes tinham o lucro como objetivo, chamado também de usura, prática que por muito tempo foi condenada pala Igreja Católica, a maior instituição da época. Do ponto de vista ético, a prática da usura também era vista como desonesta pela maioria das culturas e civilizações da época.
Nos séculos XVII e XVIII a burguesia teve grande importância no declínio do sistema absolutista apoiando diversas revoluções, que ficariam conhecidas como revoluções burguesas, como, por exemplo, a Revolução Inglesa e a Revolução Francesa, deixando assim, o caminho livre para a expansão do capitalismo e para a propagação da “filosofia burguesa”, da qual se originaram os conceitos de livre comércio, liberdade pessoal, direitos religiosos e civis.
Conforme o comércio e a economia se expandiam, crescia também o poder e o domínio desta classe, fato que foi consolidado com a Revolução Industrial no século XVIII; a partir deste ponto o capitalismo industrial se afirmou como sistema econômico mundial, e a divisão da sociedade entre burguesia e proletariado se tornou ainda mais evidente.
Com a aparição da doutrina marxista, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.
Pela forte carga ideológica que o termo hodiernamente acarreta, falar em burguesia para períodos anteriores ao século XVII constitui, senão um erro, pelo menos uma inexatidão histórica que convém precisar. Se desde o século XII há burgueses (os habitantes dos burgos), e estes paulatinamente vão fazendo do comércio a sua fonte de receitas, no entanto, para este grupo é preferível usar expressões neutras do ponto de vista ideológico, como mercadores ou comerciantes.
A ascensão do elemento burguês também se verifica através, por exemplo, do estudo - o acumular de riquezas possibilita aos filhos dos mercadores estudar nas universidades, instruírem-se, tornarem-se no corpo de letrados que auxilia o rei numa época de restauração do direito e de fortalecimento do poder real, conduziu mais tarde ao que se chamou de absolutismo. Muitos destes letrados, filhos de burgueses, que servem devotadamente o rei, são recompensados por vezes com títulos de nobreza.
ANEXO
Burguesia
Composição: Cazuza/ Ezequiel Neves/ George Israel
A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

A burguesia não tem charme nem é discreta
Com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras

Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal (2X)

A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranqüilos (2 X)
Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses (2 X)

A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

A burguesia não repara na dor
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si (2X)
A burguesia é a direita, é a guerra

A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua (4 X)
Pra rua, pra rua

Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo

A burguesia fede - fede, fede, fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia
Numa fazenda de trabalhos forçados


Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país
E não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem
E se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro
No sinal, no sinal (2X)

A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia
Para correção das resposta. Postar nos comentários com endereço de e-mail para resposta.
Um abraço.
Alexandre.

CRISES DO SÉCULO XIV

Um bom resumo sobre as Crises do século XIV


Toda essa situação, vista nos slides, provocou uma série de revoltas no continente europeu. Esses movimentos enfraqueceram as relações feudais e contribuíram para o proceso de centralização administrativa em torno do rei, que já há algum tempo, vinha tentando fortalecer o seu poder.
É importante destacar que a desagregação do feudalismo não se processou da mesma maneira e ao mesmo tempo em todas as regiões da Europa.
Vejamos o que nos diz Hilário Franco Júnior, sobre essas transformações:
"Diante da crise agrária fazia-se necessária a conquista de novas áreas produtoras. Diante da crise demográfica fazia-se necessário o domínio sobre populações não européias. Diante da crise monetária fazia-se necessária a descoberta de novas fontes de minérios. Diante da crise social fazia-se necessário um monarca forte, contralador das tensões e das lutas sociais. Diante da crise político-militar fazia-se necessária uma força centralizadora e defensora de toda nação (...)".
Visões sobre a centralização do poder real
Estado burguês. Aliança entre o rei e a burguesia em detrimento da nobreza;
Estado neutro. O rei é o árbitro das "lutas" entre nobreza e burguesia;
Estado "aristocrático". O rei é apoiado pelos nobres para "sujeitar as massas camponesas a sua posição social tradicional." "Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado".

Fonte. http://www.slideshare.net/Hist8/crises-e-revol-no-sc-xiv?type=powerpoint
Acesso: 07/04/2009

RESUMO IDADE MÉDIA

Um ótimo resumo com exercícios sobre a Idade Média. Ideal para se preparar para avaliação.
Para melhor visualisar é só clicar no quadro da parte superior - sua direita - da postagem.
Bons estudos.
Idade Média Resumo Exercícios Marco Aurelio Gondim [www.mgondim.blogspot.com]

Idade Média Resumo Exercícios Marco Aurelio Gondim [www.mgondim.blogspot.com] MGONDIM Resumo sobre a Idade Média com 10 exercícios com gabarito. Ótimo para estudar!

domingo, 5 de abril de 2009

2° ANO C.E.RUBENS FARRULA - MATÉRIA PARA AVALIAÇÃO

. Iluminismo;
. Revoluções Inglesas;
. Antigo Regime.

Aula em PowerPoint sobre: As Revoluções Inglesas. Para acessar é só clicar na URL abaixo:
http://www.esnips.com/doc/d3731b2c-0650-4626-a73f-9104c99ce863/AS-REVOLUÇÕES-BURGUESAS

1° ANO. C.E.RUBENS FARRULLA - MATÉRIA PARA AVALIAÇÃO.

. Características gerais do Mundo Feudal;
- principalmente as características sociais.
. As crises do século XIV;
. Formação dos Estados Nacionais & Absolutismo.

Aula em PowerPoint sobre: As Crises do Século XIV. Para acessar é só clicar na URL abaixo:
http://www.esnips.com/doc/eab37ad7-5f5c-474e-bbe9-08e90c3717ff/AS-CRISES-DO-SÉCULO-XIV

Sites para aprofundamento dos assuntos.
FEUDALISMO
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia002.asp
http://wapedia.mobi/pt/Senhor_feudal
http://ahistoriaagora.blogspot.com/2008/12/feudalismo-2.html
http://www.portalimpacto.com.br/docs/01AdersonCosta1ANOF2Aula02FeudalismoRelacoesdePoder
.pdf

CRISES DO SÉCULO XIV
http://www.slideshare.net/baudolino/crise-do-sculo-xiv-presentation
http://variasvariaveis.sites.uol.com.br/crisefeudal.html
http://notempodahistoria.blogspot.com/2008/10/idade-mdia-crise-do-sculo-xiv.htmlhttp://sol.sapo.pt/blogs/olindagil/archive/2008/12/12/-A-CRISE-DO-S_C900_CULO-XIV.aspx

ABSOLUTISMO & A FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
http://br.geocities.com/fcpedro/esnaab.html
http://cyberhistoria.blogspot.com/2008/08/formao-dos-estados-nacionais-europeus.html
http://www.portaltosabendo.com.br/assuntos_quentes/visualizar/a_formacao_do_estado_absolutista.wsa


ATIVIDADES DE REVISÃO
Essa abaixo são bem simples, mas ATENÇÃO
http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/1079364/t1314.asp
http://www.mundovestibular.com.br/articles/5430/1/Crise-do-sistema-Feudal-Exercicios-de-Historia/Paacutegina1.html
http://www.scribd.com/doc/12612277/Idade-Media-Resumo-Exercicios-Marco-Aurelio-Gondim-wwwmgondimblogspotcom
http://www.historiaparavestibulares.com.br/
http://historiativa.blogspot.com/2005/12/exerccios-de-recuperao-gabarito.html

Essa atividade é virtual
http://educalabvirtual.googlepages.com/feudalismo.htm


Qualquer dúvida é só enviar um e-mail.
wsshist@gmail.com.br
Um abraço.
Alexandre.


SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Segue abaixo um link que dá acesso a uma série de materiais, disponibilizada pela revista veja sobre a Segunda Guerra Mundial. Na página tem disponível: imagens, sons e vídeos. http://veja.abril.com.br/especiais_online/segunda_guerra/index_flash.html
Abaixo duas outras excelentes páginas sobre acontecimentos relacionados a Segunda Guerra Mundial
Sobre a bomba atômica.
http://oglobo.globo.com/mundo/bomba/
Para se divertir e aprender.
Desenho animado do Pato Donald feito em 1943 satirizando a Alemanha Nazista de Hitler
Venceu o Oscar de Melhor Curta metragem do mesmo ano.
http://www.youtube.com/watch?v=8wwulYlpKLY
Se quiser acessar, o vídeo, pelo blog é so ir no arquivo: Trabalhos- Colégio Fluminense de Éden; Vídeos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

SIMULADO ON-LINE

Clicando na URL abaixo, você terá acesso a uma página em que poderá fazer diversas provas de História on-line. Mas antes há a necessidade de se cadastrar.
Um abraço.
Alexandre