Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A IGREJA - EDUCAÇÃO NO SÉCULO XII

Uma escola no século XII

"Volta-te agora para o outro lado e vê. Eu estou voltado e vejo. que vê você? Eu vejo uma reunião de estudantes; seu número é grande, há de todas as idades; há crianças, adolescentes, moços e velhos. Seus estudos são diferentes; uns exercitam sua língua inculta a pronunciar novas palavras e a produzir sons que lhes são insólitos. outros aprendem, em seguida, ouvindo, as inflexções do termo, sua composição e sua derivação; depois eles os pronunciam entre si e, repetindo-os, gravam-nos em sua memória. outros trabalham com um estilete em tábuas revestidas com cera. outros traçam com mão sábia, sobre membranas, diversas figuras de cores diferentes. Outros, inflamados por um zelo mais ardente, parecem ocupados com assuntos mais sérios; discutem entre si, e se esforçam para com suas razões e artifícios colocarem em cheque uns aos outros. Vejo alguns que estão mergulhados nos cálculos. Outros, a tanger uma corda esticada sobre um pedaço de madeira, tirando delas melodias variadas. outros, com o auxílio de certos instrumentos, o curso e a posição dos astros e a revolução dos céus. outros tratando da natureza das plantas, da constituição dos homens, das propriedades e virtudes de todas as coisas."

Hugues de Saint-Victor, De Vanitate mundi, I, II; ed. Migne, P.L., CLXXV, col. 709, apud J. Clemente, op.cit., p. 299. in. Modo de Produção Feudal. Org. Jaime Pinsky. Glopbal Editora. p.125.

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